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quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Eu escolho a VIDA!



"[...] Tem gente que espera pela vida.

Tem gente que vive correndo atrás dela.

E tem aqueles que a criam em cada respiração, no suor e no sangue;

Nos sonhos que jamais deixam morrer




Você VIVE quando entende que viver é ser este movimento,
 que NUNCA PARA [...]"

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Tão eu...




Ela que descobriu o mundo
E sabe vê-lo do ângulo mais bonito
Canta e melhora a vida, descobre sensações diferentes
Sente e vive intensamente

Aprende e continua aprendiz
Ensina muito e reboca os maiores amigos
Faz dança, cozinha, se balança na rede
E adormece em frente à bela vista

Despreocupa-se e pensa no essencial
Dorme e acorda

Conhece a Índia e o Japão e a dança haitiana
Fala inglês e canta em inglês
Escreve diários, pinta lâmpadas, troca pneus
E lava os cabelos com shampoos diferentes

Faz amor e anda de bicicleta dentro de casa
E corre quando quer
Cozinha tudo, costura, já fez boneco de pano
E brinco para a orelha, bolsa de couro, namora e é amiga

Tem computador e rede, rede para dois
Gosta de eletrodomésticos, toca piano e violão
Procura o amor e quer ser mãe, tem lençóis e tem irmãs
Vai ao teatro, mas prefere cinema

Sabe espantar o tédio
Cortar cabelo e nadar no mar
Tédio não passa nem por perto, é infinita, sensível, linda
Estou com saudades e penso tanto em você

Despreocupa-se e pensa no essencial
Dorme e acorda

As relações e os laços.



Nestes últimos meses, trabalhei como terapeuta ocupacional de um grupo de idosos em uma cidadezinha. Sempre acostumada a lidar com este tipo de demanda profissional, fui com o coração aberto, mas algo singular e maior surgiu, pois bem, resolvi compartilhar.

 No início, como em qualquer relação que se inicia, senti ansiedade. A ansiedade para o novo existe e persiste até que o desconhecido se faça reconhecer. A insegurança também é latente nestes “inícios”: Será que vão gostar de mim?

Como em qualquer relação, os laços vão se criando, as histórias de cada um vão sendo assimiladas, os encontros vão acontecendo e se verdadeiros permanecem confiantes, e assim foi.

Aprender sempre foi uma vontade minha, em qualquer relação que eu possa entrar. Mas desta vez, senti vontade de compartilhar alguns aprendizados que talvez, só os idosos, ou aqueles idosos puderam me proporcionar.

Conforme os encontros de Terapia Ocupacional aconteciam, minha vida dava um giro de 360°. Porém, a vida nos surpreende!

Aquelas histórias, aquelas vivencias, aqueles momentos, foram se singularizando ainda mais. Passava sim, os devidos ensinamentos técnicos, mas o que eu aprendia não tinha artigo científico ou cartomante para ensinar ou dizer.

Aprendi a compreender que na vida, cada um passa exatamente o que aguenta passar. 
Que a vida para alguns é cheia de tragédias, e para outros, não é assim e não precisa ser.
Para alguns, ser jovem é sinal de vitalidade, para outros, ser velho é sinal de força!
Para alguns, viver intensamente é burrice, para outros, viver com cautela, também é.
Com fé ( e haja fé...) eles vivem e nos ensinam a viver.

Não são instruídos intelectualmente ao que manda a escolarização. Mas são repletos de vivências que perpassam certos aprendizados.
Não são dotados de dinheiro. Mas têm uma felicidade nos olhos e bondade nos corações inigualáveis.
Não são totalmente completos no casamento. Mas percebem e valorizam esta relação como fonte de união e prazer.
Reconhecem as dificuldades e compreendem que é preciso ter paciência para enfrentá-las.

Sabem que o medo existe, mas afinal, que tanto medo a gente tem do medo?

Muitos são sozinhos no mundo, mas reconhecem que é impossível serem felizes se permanecerem assim!
Todos acreditam no trabalho como fonte de sobrevivência, mas não como principal fonte de vida.

Todos ensinam que a melhor forma de viver é ter paciência e responsabilidade.
 Todos ensinam que com amor as coisas acontecem. 
Com a paz elas permanecem e com cumplicidade elas são compartilhadas.

Esta música da Marisa Monte, revela exatamente o que aquela cidadezinha expressa. O que a vida nos guarda e o que nos resta!

Afinal, viver é a única opção antes de morrer. Então que seja a melhor delas!


Este lugar existe, e com os idosos aprendi que está situado em nossos corações. 
Basta querer e viver! 
Carolina/ agosto 2013

domingo, 4 de agosto de 2013

Sobre a tal leveza dos nossos 20 e poucos anos...



Sobre a leveza dos vinte e poucos anos...



Na modernidade, conversas em grupos no celular tornaram-se parte essencial de nossas rotinas.
De repente, você está no meio do trabalho e a amiga lança no grupo do what´s app: “Amigas, tá tudo confuso... eu e o fulaninho largamos...”

P-R-O-N-T-O!

Todas começam a ajudar, a analisar, a tramar vinganças, enfim, o furdúncio está feito.
(claro que podemos pensar nesta mesma frase sendo lançada no grupo masculino, MAS ISTO, É OUTRA CONVERSA!)

Estou aqui para dizer que em meio a tanta correria que o cotidiano nos coloca, uma coisa é fato: 
PRECISAMOS PENSAR NAS RELAÇÕES! 
Elas estão se desgastando facilmente! Há um medo imensurável...E como a oferta é grande, torna-se difícil encontrarmos aquele casal que aceita as dificuldades que aparecem em nossas vidas. 
(afinal, é melhor mudar o caminho a pensar em como pular a poça d´água e seguir em frente...) 

Mas afinal, o que buscamos nas relações?

Todas falam: ele me trocou por uma de dezoito que tira foto no espelho.
 (com o famoso: AFFFE, de todas as amigas, mobilizadas pela fala!); 

ou ainda : ele foi pra balada escondido alegando querer liberdade.
 ( AINNN AMIGA, NÃO ACREDITO, CACHORRO, COMO VOCÊ DESCOBRIU?! ); 

ou então: ele não quer compromisso, não sabe se apegar.
 ( É IMATURO, LARGA PORQUE VOCÊ É MUITO MULHER PRA ELE...)

E então tudo acontece... Mulheres se unem para alegarem que tudo está perdido. Que a competição com as querências é desleal, que a imaturidade é a razão de todos os problemas ou até que essa tal de liberdade ficou confusa com a libertinagem...

Dificilmente alguém está preocupada em dizer: 
Poxa vida, e agora, como vocês vão lidar com isso?

V-o-c-ê-s?

Na hora da dificuldade não há mais o “vocês”... AFINAL, JÁ LARGARAM.
 (né não?! RS...) 

Mas no fundo, no fundo, uma coisa não sai da minha cabeça: Porque as relações se tornaram um bicho de sete cabeças, prisão emocional na visão masculina??? 
( e até feminina, MAS AÍ, É OUTRA CONVERSA!)

Porque não dá para passar de fase juntos?
Porque não temos mais a confiança de que a rotina é a base assegurada das relações modernas?

(Ah tá, não temos mais rotina! O mundo tá moderno...)

MODERNO? (hummm... pense um pouco)

Diversas rodas de conversas o papo é sempre o mesmo, eu quero minha liberdade. Namorar demanda. Relacionar dá trabalho.

E poxa vida, dá mesmo!
(Mas como alguns conseguem????????)

Quem não quer aquela de dezoito cuja maior preocupação é a questão de física que ela pode errar no vestibular, 
(quando o presta!!) 
ou então, qual a roupa que ela irá à academia? 
(algumas têm 33 e não saíram disso, MAS AÍ É OUTRA CONVERSA).
 Deve ser mesmo uma delícia dar uns “pegas” e viver esta leveza. 

Difícil mesmo deve ser quando a roupa que ela irá na academia perde a graça e o foco vira: “porque ele não está falando comigo 24 horas??”, e a cada 3 segundos chega uma mensagem nova no celular do coitado,e ele é obrigado a “mudar para próxima...”, permanecendo nesta fase!


Quem não quer sentir a liberdade de ir para a balada com os amigos? Beber umas e outras, massagear o ego, zuar tudo e a todos 
(mulheres leiam: TODAS!)...
 Momentos de descontração, felicidade, prazeres fáceis. QUEM NUNCA? 
(o duro são aqueles que têm 43 e não saíram disso, MAS AÍ É OUTRA CONVERSA). 

Difícil mesmo é rotina, aquela coisa “boring”, corriqueira, que exige, que demanda pensamentos, afetuosidades, exposição... E COMO!!! E o pobre coitado se vê obrigado a “mudar para a próxima...”, permanecendo nesta fase!


Quem não quer se sentir descompromissado para pensar na própria vida, na própria dieta, no próprio trabalho, na própria forma de ser feliz??? QUEM NUNCA? 
(o duro são aqueles que chegam aos 40 e não conseguem olhar para o lado, porque ele é mais importante, MAS AÍ É OUTRA CONVERSA...). 
SERÁ MESMO QUE É OUTRA CONVERSA?
SERÁ MESMO QUE É PRECISO PERMANECER NESTAS FASES?
SERÁ MESMO ??
SERÁ?
Cada uma destas fases são sim maravilhosas e essenciais na vida tanto do universo masculino quanto do feminino. 
Difícil mesmo é assumir as mudanças interiores que cada uma delas nos demanda. 
Difícil mesmo é perceber que a felicidade só é completa quando compartilhada e que para ser feliz é preciso ter a coragem de seguir em frente. . .

Porque na atualidade lidar com a dificuldade da mudança interna não é algo considerado como bom, AFINAL, É MELHOR MUDAR PARA A PRÓXIMA, permanecendo na mesma fase...

O equilíbrio emocional, trazido como “porta da esperança para uma vida ideal”, só será atingido a partir do momento em que você viver cada fase da sua vida como ela deve ser vivida, sem ilusões, idealizações... Fazendo tudo acontecer da melhor forma!

NÃO DÊ DESCULPA PARA A SUA INCAPACIDADE DE PASSAR DE FASE!
(E acredite: NÃO VAI DOER!)

Aos vinte e poucos, faça o que as pessoas de 20 e poucos fazem!

Aos trinta, repense e refaça!

Aos quarenta, refaça e tenha bom humor!

Aos cinquenta, tenha bom humor e faça novamente!

Aos sessenta, faça novamente e sempre... A partir daí, faça sempre!

Mas será mesmo que precisaremos chegar aos sessenta para entendermos que o melhor a ser feito é não dar desculpas para nossos medos, fazendo sempre o que é possível naquele momento, esgotando as possibilidades e as dúvidas, buscando assim a plenitude de sua felicidade?


A felicidade só é completa quando se vive bem cada etapa, e quando esta etapa é passada junto com aqueles que lhe querem bem!
Seja fiel a cada etapa da sua vida. 
Não há regras, não há juízes. 
Porém, é preciso passar de fase...
é preciso ser capaz de... 
Senão, ninguém zera o jogo!
Carolina/ Agosto 2013

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

E o que é estar em paz?



Mais uma vez reconheço que é preciso ter generosidade e maturidade emocional para se viver bem.
Tomara que as pessoas “se encontrem e se amem” como dizem por aí... 
Tombos na vida são inevitáveis. 
A diferença entre fortalecer-se a cada tombo ou ficar com medo a cada tombo e arriscar cada vez menos é tirar proveito de cada um destes tombos. 
Um sábio professor sempre me ensinou: "... é preciso levantar-se de cada tombo com alguma coisa na mão, mesmo que seja um simples “graveto”. Não é opção, é obrigação." 
Algumas situações nos assustam, mas justamente por isso, podem ajudar a tomar certas decisões decisivas na vida. 
Amar a si próprio tanto quanto ama a outros (parece inversão, mas há gente assim) é, na minha opinião, o primeiro dever de cada um de nós pelo simples fato de termos tido oportunidade de nascer como pessoa. Aí as coisas fluem melhor. 
Dificilmente conhecerei as particularidades da vida de todos que me rodeiam, mas digo com propriedade que todos temos boas razões para amarmos intensamente a si próprio e sermos felizes.

A felicidade não cai do céu. 

Cada um constrói a sua felicidade. 


Às vezes a gente precisa “decidir ser feliz”, recusar-se a ser nada nem ninguém.

Busque a sua paz!

Carolina/ agosto 2013