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terça-feira, 11 de novembro de 2014

HOMENS




“Homens”, por Fernanda Montenegro






O modo de vida, os novos costumes e o desrespeito à natureza tem afetado a sobrevivência de vários seres e entre os mais ameaçados está o macho da espécie humana.

Tive apenas 1 exemplar em casa, que mantive com muito zelo e dedicação num casamento que durou 56 anos de muito amor e companheirismo, (1952-2008) mas, na verdade acredito que era ele quem também me mantinha firme no relacionamento. Portanto, por uma questão de auto-sobrevivência, lanço a campanha ‘Salvem os Homens!’ Tomem aqui os meus poucos conhecimentos em fisiologia da masculinidade a fim de que preservemos os raros e preciosos exemplares que ainda restam:

1. Habitat


Homem não pode ser mantido em cativeiro. Se for engaiolado, fugirá ou morrerá por dentro.

Não há corrente que os prenda e os que se submetem à jaula perdem o seu DNA. Você jamais terá a posse ou a propriedade de um homem, o que vai prendê-lo a você é uma linha frágil que precisa ser reforçada diariamente, com dedicação, atenção, carinho e amor.

2. Alimentação correcta


Ninguém vive de vento. Homem vive de carinho, comida e bebida. Dê-lhe em abundância. É coisa de homem, sim, e se ele não receber de você vai pegar de outra. Beijos matinais e um ‘eu te amo’ no café da manhã os mantém viçosos, felizes e realizados durante todo o dia.

Um abraço diário é como a água para as samambaias. Não o deixe desidratar. Pelo menos uma vez por mês é necessário, senão obrigatório, servir um prato especial. Portanto não se faça de dondoca preguiçosa e fresca. Homem não gosta disso. Ele precisa de companheira autêntica, forte e resolutiva.

3. Carinho


Também faz parte de seu cardápio – homem mal tratado fica vulnerável a rapidamente interessar-se na rua por quem o trata melhor.

Se você quer ter a fidelidade e dedicação de um companheiro completo, trate-o muito bem, caso contrário outra o fará e você só saberá quando não houver mais volta.

4. Respeite a natureza


Você não suporta trabalho em casa? Cerveja? Futebol? Pescaria? Amigos? Liberdade? Carros? Case-se com uma Mulher.

Homens são folgados. Desarrumam tudo. São durões. Não gostam de telefones. Odeiam discutir a relação. Odeiam shoppings. Enfim, se quiser viver com um homem, prepare-se para isso.

5. Não anule sua origem


O homem sempre foi o macho provedor da família, portanto é típico valorizar negócios, trabalho, dinheiro, finanças, investimentos, empreendimentos. Entenda tudo isso e apoie.

6. Cérebro masculino não é um mito


Por insegurança, a maioria dos homens prefere não acreditar na existência do cérebro feminino.

Por isso, procuram aquelas que fingem não possuí-lo (e algumas realmente não possuem! Também, 7 bilhões de neurónios a menos). Então, aguente mais essa: mulher sem cérebro não é mulher, mas um mero objecto de decoração. Se você se cansou de coleccionar amigos gays e homossexuais delicados, tente se relacionar com um homem de verdade. Alguns vão lhe mostrar que têm mais massa cinzenta do que você. Não fuja desses, aprenda com eles e cresça.

E não se preocupe, ao contrário do que ocorre com as mulheres, a inteligência não funciona como repelente para os homens. Não faça sombra sobre ele…

Se você quiser ser uma grande mulher tenha um grande homem ao seu lado, nunca atrás. Assim, quando ele brilhar, você vai pegar um bronzeado. Porém, se ele estiver atrás, você vai levar um pé-na-bunda.

Aceite: homens também têm luz própria e não dependem de nós para brilhar. A mulher sábia alimenta os potenciais do parceiro e os utiliza para motivar os próprios. Ela sabe que, preservando e cultivando o seu homem, ela estará salvando a si mesma. E minha Amiga, se Você acha que Homem dá muito trabalho, case-se com uma Mulher e aí Você vai ver o que é Mau Humor!

Só tem homem bom quem sabe fazê-lo ser bom! Eu fiz a minha parte, por isso meu casamento foi muito bom e consegui fazer o Fernando muito feliz até o último momento de um enfisema que o levou de mim. Eu fui uma grande mulher ao lado dele, sempre.

Com carinho,
Fernanda Montenegro

quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Pausa recomendada...


Mia e Boris são casados há trinta anos. 
Ela é filósofa e poeta. Ele, neurocientista. Sem nenhum aviso, ele decide que é momento de dar um tempo no relacionamento. 

A pausa tem nome completo e endereço - é francesa, vinte anos mais jovem, colega de laboratório dele. Mia tem um colapso nervoso. 

Passa uma semana e meia internada no hospital. Quando volta para seu apartamento no Brooklyn, em Nova York, não consegue se sentir em casa. Decide passar as férias de verão em sua cidadezinha natal, em Minnesota. É lá que vive sua mãe, em um condomínio para pessoas idosas. Ela aluga uma casinha para a temporada, com um quintal com vista para um milharal, oferece uma oficina de poesia para estudantes locais e parte para sua jornada rumo ao interior.

Uma vez lá, Mia toma contato com as amigas da mãe, com as meninas da oficina e suas interações marcadas por uma feroz rivalidade, e também com a nova vizinha, uma jovem mãe de duas crianças pequenas, casada com um homem ausente, estressado e agressivo. A partir da convivência com essas mulheres ao seu redor, e longe da sombra das figuras masculinas que marcaram sua vida, 

Mia enfim atinge a serenidade para reavaliar sua trajetória e encontrar suas próprias respostas.

Uma das melhores coisas que podemos fazer : A PAUSA!