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terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Aceitando as relações!



Verdade

A porta da verdade estava aberta,
mas só deixava passar
meia pessoa de cada vez.

Assim não era possível atingir toda a verdade,
porque a meia pessoa que entrava
só trazia o perfil de meia verdade.
E sua segunda metade
voltava igualmente com meio perfil.
E os meios perfis não coincidiam.

Arrebentaram a porta. Derrubaram a porta.
Chegaram ao lugar luminoso
onde a verdade esplendia seus fogos.
Era dividida em metades
diferentes uma da outra.

Chegou-se a discutir qual a metade mais bela.
Nenhuma das duas era totalmente bela.
E carecia optar. Cada um optou conforme
seu capricho, sua ilusão, sua miopia.

( DRUMMOND )







Aceitar as relações e suas verdades, vai além de valores e conceitos...

Você é aquilo que você vive, que você passa, que você reverbera e dá (ou não) conta de superar.

Aceitar a si, é o primeiro passo para aceitar a verdade do outro.




Por isso, viva, conforme seu capricho, sua ilusão, sua miopia!!!




Vale a pena reverberarmos!

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

A ausência de si...




O rabi Hanoch contou a seguinte história:

" Era uma vez um homem muito tolo.
De manhã, quando despertava, tinha tanta dificuldade para encontrar suas roupas que, antes de dormir, ficava angustiado só de pensar no que teria de enfrentar de manhã. 
Certa noite, decidiu dar fim ao problema e com grande esforço tomou uma pena e um papel e anotou detalhadamente onde colocava cada uma das peças que retirava ao deitar-se.
No dia seguinte, entusiasmado, tomou o pedaço de papel na mãe  e leu: 'chapéu'.... lá estava e o colocou na cabeça; 'calças'... lá estavam e as vestiu; e assim prosseguiu até que estivesse totalmente vestido. 
"Tudo bem, mas onde estou eu mesmo?", perguntou-se com grande consternação.
"Onde eu me encontro?" 
Procurou e procurou, mas sua busca foi em vão."
                                                                                      ( A alma imoral - Nilton Bonder )

Quando um local se torna estreito, não conseguimos controlar o mundo pelo lado de fora.
 Transformar o lugar estreito em amplo é preferir mudar o mundo em vez de a nós mesmos.
Nesta insana tarefa, acabamos por não encontrar a nós mesmos (...)

Reverbere como quiser e como bem entender!!!!