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sexta-feira, 23 de setembro de 2011

O IMPREGNAR

Sempre ouvimos falar da "impregnação" como a ação , basicamente nociva e quase sempre exagerada, de algum medicamento sobre o corpo, principalmente nas artes da saúde mental.

Tomo aqui, como conceito de impregnar, tudo o que incorpora, corpora, "torna corpo", corroborando com os pensamentos de Keleman ao abordar a experiência somática!

Impregnar, entra como conceito básico em minha vida, quando começo a ter a clareza da subjetividade de um grupo de pessoas em determinados contextos, pelas falas e narrativas de vidas de amigas, familiares e de acontecimentos na clínica em Terapia Ocupacional.

Ao se deixar levar por este conceito, me vejo, impregnada de afetações do cotidiano!
                      Converso
                         Convivo
                            Experiencio

Me deixo afetar e sou afetada pelas reverberações do cotidiano... me impregno dos acontecimentos da vida e vivo!

Tudo me remete a impregnações múltiplas. E a cada nova conversa, novo convívio, novas experiências, as impregnações se diferenciam, se singularizam, tornam-se ainda mais particulares.

Mas calma, caro leitor, a capacidade de associação deste conceito, vai além do simples mistério de conhecê-lo e pensar que realiza esta vivência.

Impregnar-se é ter capacidade de impregnar DO OUTRO,  sendo ele, uma pessoa, um objeto, uma localização, um estado, uma forma de ser e estar em contato e até uma condição! Impregnar-se é experienciar o inferno e o céu de cada momento, esta sim, é a condição essencial do conceito...
                                                                                                                            da vida?
                                                                                                                                         ...
Nosso corpo está sendo afetado a todo momento pelas oscilações de intensidades que esta vida doida nos proporciona!

Assim, cabe a nós, mais uma vez, refinarmos as sensações, e nos permitirmos sentir [impregnar] essas alteridades, de fluxos que atravessam qualquer experiência do viver!


2 comentários:

  1. Carol, mas até onde pode-se deixar "reverberar" com o eletromagnetismo mundano ? não é uma experiência um tanto dolorosa apenas se levar, não ter um senso analítico antes de abrir o espírito para isso ?

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  2. Adorei o neologismo, caro Gui (rs...), apenas "se levar" pode ser algo tão mais singelo do que você pensa [ou sente] aguarde novas reverberações! Espero que as reflexões aconteçam!!! O blog está para isso! =)

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Sensibilize-se!