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sexta-feira, 15 de junho de 2012

Aceitando a minha essência



Hoje, ao ler Ana Jácomo, com toda sua sensibilidade e minha identificação trago à vocês um pouco mais dela, um pouco mais de mim e um pouco mais do que desejo para todos nós......

”...Ser sensível nesse mundo requer muita coragem. Muita. Todo dia. Essa saudade, que às vezes faz a alma marejar, de um lugar que não se sabe onde é, mas que existe, é claro que existe.Essa possibilidade de se experimentar a dor, quando a dor chega, com a mesma verdade com que se experimenta a alegria. Essa incapacidade de não se admirar com o encanto grandioso que também mora na sutileza. Essa vontade de espalhar buquês de sorrisos por aí, porque os sensíveis, por mais que chorem de vez em quando, não deixam adormecer a ideia de um mundo que possa acordar sorrindo. Pra toda gente. Pra todo ser. Pra toda vida.Eu até já tentei ser diferente, por medo de doer, mas não tem jeito: só consigo ser igual a mim...”

E então, eu reverberei a minha maneira.....



Nesta tarde, ao admirar o pôr do sol, tomando o meu capuccino mais cremoso, me peguei pensando no quão certa ou errada estou em assumir minha essência: 

Pois é, Sou sensível.

Ser sensível no meio em que vivo é quase, como sobreviver. Requer sim, muita coragem. É VERDADE. 

Coragem que eu já tentei não ter. 

Coragem que a vida me cobrou. 

Constantemente. 

Cotidianamente.

Esse jeito de escutar além das palavras, de falar além do que ouço, de sentir a textura do sentimento, seja ele qual for e tantas e diversas e muitas vezes até morrer e viver, chorar e sorrir junto com o outro e com toda sinceridade. Esse jeito que é meu, que é particular. Esse jeito que causa estranheza nos outros, admiração para alguns, ciúmes em tantos.
Ser sensível é potente.

Porque não é fácil ser sensível no mundo que vivemos!

É preciso ter coragem, ter maturidade.

É preciso não se perder.

É preciso crer!

Sou assim, valorizo o fazer junto, o construir sabiamente. 

Muitas vezes me senti um peixe fora d´água, achei que pra sobreviver nesse mundo, eu precisava me moldar, me fechar, me tornar próxima do que é comum aos olhos de quem vê. 

E hoje compreendi, que não é preciso me fechar, mas muitas vezes, apenas “me blindar”...

Tornar-me um pouco menos permissiva e aceitar minha sensibilidade, usando ela a meu favor.

Ser sensível no meio em que vivo é quase, como sobreviver. 

Não é ser comportamental, mas é valorizar comportamentos e respeitá-los intensamente.

"... Esse cuidado espontâneo com os outros. Essa vontade tão pura de que ninguém sofra por nada. Esse melindre de ferir por saber, com nitidez, como dói se sentir ferido..."

Ser sensível é também um desafio.

É a busca constante por uma felicidade que não se busca.


Apenas se vive!


Ser sensível é ter prazer a sua maneira!


É ser verdadeira!

Permita-se!
Carolina - Junho/2012

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